Construir um projeto de vida a dois e tomar decisões conjugais
- Pastoral Familiar Arquidiocesana
- 19 de fev. de 2021
- 3 min de leitura

O matrimônio cristão é ao mesmo tempo, uma maravilha de Deus, um projeto de vida, uma construção permanente; é o amor humano transfigurado pela graça. Mas o amor humano é frágil, precisa de proteção contra as agressões internas e extremas.
"12.Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. 13.Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. 14.Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. 15.Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos. 16.A palavra de Cristo permaneça entre vós em toda a sua riqueza, de sorte que com toda a sabedoria vos possais instruir e exortar mutuamente. Sob a inspiração da graça cantai a Deus de todo o coração salmos, hinos e cânticos espirituais. 17.Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai." (Colossenses: 3,12-17)
O projeto de vida a dois é primeiro, a felicidade do casal, que se consegue com o amor sem limites, um ajudando o outro, assumindo a sua história a dois, no corpo e na alma, na carne e no espírito, cada um procurando fazer a felicidade do outro, encaminhando-o na direção da santidade, construindo juntos uma comunidade de vida e de amor; sendo fecundos nos filhos, envelhecendo serenamente juntos e preparando-se para contemplar também, juntos, a Deus que os uniu.
Portanto, o jovem casal deve ficar atento para qualquer sinal que se apresente para quebrar a harmonia que deve existir entre os dois. Vejamos algumas situações nas quais se manifestam "certos desentendimentos":
Cada um traz consigo sua história familiar, boa ou problemática: quando aparecem as dificuldades, cada um tem seus pontos de referência em sua própria experiência familiar.
Durante o namoro e noivados todos são vigilantes para manter as aparências, no entanto, após o casamento pode acontecer um relaxamento dele e/ou dela. E surgem brigas no decorre do reconhecimento dos defeitos dos cônjuges.
Os amigos: solteiros podem ser fonte de desavenças entre o casal.
O trabalho: pode gerar discórdia e ciumes conjugais.
Decisões: são momentos importantes e delicados para a harmonia conjugal.
Orçamento familiar: deve ser muito bem discutido antes e após o casamento, pois podem gerar problemas de médio e longo prazo.
Ciúmes: pode afetar a confiança e harmonia conjugal e deve ser combatido com diálogo, humildade, paciência e perdão.
É bom sempre ficar alerta para alguns sintomas (NEGATIVOS) que podem surgir na vida do casal:
Silêncio prolongado entre o casal;
Falta ou diminuição de gestos carinhosos;
Quando não se dá mais importância a detalhes, datas e outras coisas;
Falta de vontade de fazer programas a dois;
Quando o casal quer sempre a companhia de terceiros;
Quando um dos cônjuges, evita o contato amoroso;
Aumento de críticas e observações indelicadas.
Quando vida conjugal chega a este ponto, é porque o diálogo foi interrompido e está havendo imaturidade dos dois. Mesmo que o convívio não ande bem, é necessário EVITAR o habito de algumas atitudes, como:
Nunca chegar à agressividade ou ao uso de palavras desrespeitosas e humilhantes;
Nunca sair de casa, mas tentar superar os problemas a dois;
Dormir em camas separadas;
Enfrentar as questões com calma e lucidez;
Não envolver os pais ou parentes, mas se necessário, solicitar ajuda de uma pessoa neutra e de boa índole.
As atitudes que podem ajudar na harmonia conjugal, são:
o diálogo;
reconhecimento dos valores do outro;
ouvir as opiniões do outro e tomar decisões juntos (comum a cordo);
desenvolver a habilidade de sorrir e enfrentar certas situações com humor;
renovar os gestos carinhosos do tempo do namoro e noivado;
reconhecer os próprios erros e equívocos;
não se acomodar com os gestos de carinho.
A felicidade matrimonial não está no começo ou no final da cerimónia do casamento, mas na caminhada de vida conjugal semeada com fé, esperança, caridade, prudencia, temperança, fortaleza, justiça e perdão.
Este texto, faz parte de um curso de formação para recém-casados que desejam compreender o plano de Deus para uma vida matrimonial harmoniosa.
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