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Construir um projeto de vida a dois e tomar decisões conjugais


O matrimônio cristão é ao mesmo tempo, uma maravilha de Deus, um projeto de vida, uma construção permanente; é o amor humano transfigurado pela graça. Mas o amor humano é frágil, precisa de proteção contra as agressões internas e extremas.

"12.Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entra­nhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. 13.Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. 14.Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. 15.Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos. 16.A palavra de Cristo permaneça entre vós em toda a sua riqueza, de sorte que com toda a sabedoria vos possais instruir e exortar mutuamente. Sob a inspiração da graça cantai a Deus de todo o coração salmos, hinos e cânticos espirituais. 17.Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai." (Colossenses: 3,12-17)

O projeto de vida a dois é primeiro, a felicidade do casal, que se consegue com o amor sem limites, um ajudando o outro, assumindo a sua história a dois, no corpo e na alma, na carne e no espírito, cada um procurando fazer a felicidade do outro, encaminhando-o na direção da santidade, construindo juntos uma comunidade de vida e de amor; sendo fecundos nos filhos, envelhecendo serenamente juntos e preparando-se para contemplar também, juntos, a Deus que os uniu.


Portanto, o jovem casal deve ficar atento para qualquer sinal que se apresente para quebrar a harmonia que deve existir entre os dois. Vejamos algumas situações nas quais se manifestam "certos desentendimentos":

  • Cada um traz consigo sua história familiar, boa ou problemática: quando aparecem as dificuldades, cada um tem seus pontos de referência em sua própria experiência familiar.

  • Durante o namoro e noivados todos são vigilantes para manter as aparências, no entanto, após o casamento pode acontecer um relaxamento dele e/ou dela. E surgem brigas no decorre do reconhecimento dos defeitos dos cônjuges.

  • Os amigos: solteiros podem ser fonte de desavenças entre o casal.

  • O trabalho: pode gerar discórdia e ciumes conjugais.

  • Decisões: são momentos importantes e delicados para a harmonia conjugal.

  • Orçamento familiar: deve ser muito bem discutido antes e após o casamento, pois podem gerar problemas de médio e longo prazo.

  • Ciúmes: pode afetar a confiança e harmonia conjugal e deve ser combatido com diálogo, humildade, paciência e perdão.

É bom sempre ficar alerta para alguns sintomas (NEGATIVOS) que podem surgir na vida do casal:

  1. Silêncio prolongado entre o casal;

  2. Falta ou diminuição de gestos carinhosos;

  3. Quando não se dá mais importância a detalhes, datas e outras coisas;

  4. Falta de vontade de fazer programas a dois;

  5. Quando o casal quer sempre a companhia de terceiros;

  6. Quando um dos cônjuges, evita o contato amoroso;

  7. Aumento de críticas e observações indelicadas.

Quando vida conjugal chega a este ponto, é porque o diálogo foi interrompido e está havendo imaturidade dos dois. Mesmo que o convívio não ande bem, é necessário EVITAR o habito de algumas atitudes, como:

  • Nunca chegar à agressividade ou ao uso de palavras desrespeitosas e humilhantes;

  • Nunca sair de casa, mas tentar superar os problemas a dois;

  • Dormir em camas separadas;

  • Enfrentar as questões com calma e lucidez;

  • Não envolver os pais ou parentes, mas se necessário, solicitar ajuda de uma pessoa neutra e de boa índole.

As atitudes que podem ajudar na harmonia conjugal, são:

  • o diálogo;

  • reconhecimento dos valores do outro;

  • ouvir as opiniões do outro e tomar decisões juntos (comum a cordo);

  • desenvolver a habilidade de sorrir e enfrentar certas situações com humor;

  • renovar os gestos carinhosos do tempo do namoro e noivado;

  • reconhecer os próprios erros e equívocos;

  • não se acomodar com os gestos de carinho.

A felicidade matrimonial não está no começo ou no final da cerimónia do casamento, mas na caminhada de vida conjugal semeada com fé, esperança, caridade, prudencia, temperança, fortaleza, justiça e perdão.


Este texto, faz parte de um curso de formação para recém-casados que desejam compreender o plano de Deus para uma vida matrimonial harmoniosa.

Deixe um comentário, a seguir, ou inscreva-se na formação de acompanhamento de recém-casados do setor de Pós-Matrimónio da Pastoral Familiar.


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